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Abóbada Palatina

Um blogue que se escreve com 'gue'. Um humor à altura. || Digam coisas e assim ||

segunda-feira, maio 30

Portugal entre o conflito social e o bom senso do Macaco Adriano

Adriano contesta aumento do IVADepois do governo ter anunciado «o fim dos privilégios na função pública», os sindicatos alertam para a inevitabilidade de conflito social no país e para a catástrofe que será a presença do Benfica na próxima temporada da Liga dos Campeões. Entre os privilégios agora abolidos, recorde-se, encontrava-se a pré-reforma três dias antes do trabalhador morrer (para ir adiantando os aperitivos servidos no velório) e a justificação de ausência no dia do próprio funeral. «Agora tudo isso acabou, são gerações de direitos adquiridos!», indigna-se Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, para quem o mais inadmissível é mesmo «nem sequer terem mantido o chocolatinho amargo que vinha com o café depois do almoço». Picanço afirma que os funcionários públicos estão disponíveis para todas as lutas e que poderão fazer greve ao seu actual horário, que «como toda a gente sabe se compõe de três extenuantes horas diárias». O PCP apoia esta «justa causa e qualquer outra, desde que permita encher os muppis com as papeladas da arrecadação e o Jerónimo de Sousa, passe o pleonasmo». Isso mesmo foi confirmado nestes termos à Abóbada através de um telefonema para a sede do partido, atendido por uma gravação de Álvaro Cunhal de 1948.

Um representante da CIP, por seu turno, diz que os trabalhadores estão a exagerar nas críticas e que os patrões querem apenas investir na qualificação dos recursos humanos através de um programa de história viva: «temos um protocolo com o Ministério da Cultura para reproduzir as condições laborais do século XIX. Haverá um contramestre para chicotear os trabalhadores e vamos reintroduzir o direito de pernada. Para existir uma apropriação de conteúdos verdadeiramente irreprensível, iremos inclusive lançar algumas estirpes de cólera e tuberculose nos bairros operários».

O Macaco Adriano, célebre por ter conferido alguma dignidade ao programa Big Show Sic, actual motorista no comboio do zoo de Lisboa, coleccionador de Micromachines e conselheiro de Nuno Rogeiro em part-time, até compreende as medidas do governo: «Relembro que Arthur Okun já problematizou esta questão em 1975 e concluiu que 'não é possível termos o bolo da eficiência do mercado e depois reparti-lo equitativamente'. Também existe um provérbio chinês onde se diz que 'uma imagem vale mais do que mil palavras', embora isso seja completamente irrelevante para este caso». O Macaco Adriano, todavia, salienta a sua discordância relativamente ao aumento da taxa do IVA, porque isso «vai encarecer as importações de banana da Colômbia» e reduzir as suas remessas de euros para o Parque Natural do Serengeti, no Norte da Tanzânia, onde vive o resto da sua família (e três chimpanzés a expensas do Estado). «Se isto se agravar consideravelmente», lamenta-se o Macaco Adriano, «serei mesmo obrigado a mudá-los para a Serra de São Mamede; ou, em alternativa, para o quintal do Bettencourt Picanço».

Adriano contesta aumento do IVADepois do governo ter anunciado «o fim dos privilégios na função pública», os sindicatos alertam para a inevitabilidade de conflito social no país e para a catástrofe que será a presença do Benfica na próxima temporada da Liga dos Campeões. Entre os privilégios agora abolidos, recorde-se, encontrava-se a pré-reforma três dias antes do trabalhador morrer (para ir adiantando os aperitivos servidos no velório) e a justificação de ausência no dia do próprio funeral. «Agora tudo isso acabou, são gerações de direitos adquiridos!», indigna-se Bettencourt Picanço, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, para quem o mais inadmissível é mesmo «nem sequer terem mantido o chocolatinho amargo que vinha com o café depois do almoço». Picanço afirma que os funcionários públicos estão disponíveis para todas as lutas e que poderão fazer greve ao seu actual horário, que «como toda a gente sabe se compõe de três extenuantes horas diárias». O PCP apoia esta «justa causa e qualquer outra, desde que permita encher os muppis com as papeladas da arrecadação e o Jerónimo de Sousa, passe o pleonasmo». Isso mesmo foi confirmado nestes termos à Abóbada através de um telefonema para a sede do partido, atendido por uma gravação de Álvaro Cunhal de 1948.

Um representante da CIP, por seu turno, diz que os trabalhadores estão a exagerar nas críticas e que os patrões querem apenas investir na qualificação dos recursos humanos através de um programa de história viva: «temos um protocolo com o Ministério da Cultura para reproduzir as condições laborais do século XIX. Haverá um contramestre para chicotear os trabalhadores e vamos reintroduzir o direito de pernada. Para existir uma apropriação de conteúdos verdadeiramente irreprensível, iremos inclusive lançar algumas estirpes de cólera e tuberculose nos bairros operários».

O Macaco Adriano, célebre por ter conferido alguma dignidade ao programa Big Show Sic, actual motorista no comboio do zoo de Lisboa, coleccionador de Micromachines e conselheiro de Nuno Rogeiro em part-time, até compreende as medidas do governo: «Relembro que Arthur Okun já problematizou esta questão em 1975 e concluiu que 'não é possível termos o bolo da eficiência do mercado e depois reparti-lo equitativamente'. Também existe um provérbio chinês onde se diz que 'uma imagem vale mais do que mil palavras', embora isso seja completamente irrelevante para este caso». O Macaco Adriano, todavia, salienta a sua discordância relativamente ao aumento da taxa do IVA, porque isso «vai encarecer as importações de banana da Colômbia» e reduzir as suas remessas de euros para o Parque Natural do Serengeti, no Norte da Tanzânia, onde vive o resto da sua família (e três chimpanzés a expensas do Estado). «Se isto se agravar consideravelmente», lamenta-se o Macaco Adriano, «serei mesmo obrigado a mudá-los para a Serra de São Mamede; ou, em alternativa, para o quintal do Bettencourt Picanço».


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