A partir de uma ideia peregrina, vai realizar-se um desfile alegórico necro-kitsch-brega-regionalista, no qual se procurará reconstituir um possível trajecto de Inês de Castro e do rei Pedro desde a cidade de Coimbra até ao mosteiro de Alcobaça, onde ambos jazem em corpo. Com actores e figurantes pagos para armar a festarola, individualidades do poder autárquico no palanque (por certo ombreando com Tino de Rans), música e pendões. O
dr. rotwang sugere apenas uma coisa: que se prolongue a festa até à porta do Dr. José Pacheco Pereira. Para que este pague pelo crime cometido pelo seu antepassado, comprovado assassino da galega. Consumar-se-ia de tal forma a chamada justiça histórica.
# escrito pelo dr. rotwang