Parece que a Coreia do Norte
cortou as comunicações com o estrangeiro. As associações de defesa dos animais já contestaram, porque consideraram «bárbaro e medievo» que tantas centenas de pombos-correios fossem assim mutilados através de fisgas com caroços de pêssego e ossos de dissidentes. Em conferência de imprensa, fonte próxima do governo de Pyongyang assinalou aos correspondentes estrangeiros presentes (um satélite espião dos EUA) que tudo não passa de uma tentativa de «moralização nacionalista» dos norte-coreanos: «as paradas militares já não convencem ninguém, até porque não temos dinheiro para o
fuel dos tanques. Nem para o rancho dos soldados». O poder político, com efeito, procura agora convencer os seus cidadãos que a Coreia do Norte é uma estrela composta de hidrogénio e hélio com magnitude absoluta igual a cinco, pelo que o país será rebaptizado de 'Sol'. Como confidenciou Kim Jong-il à sua poupa, «sabemos que o Sol realizou cerca de 250 revoluções completas até hoje. E como os norte-coreanos não vêem raios de sol há algumas décadas, acreditam. Temos é de acabar com a propaganda lançada pelas nações subdesenvolvidas e encomendar uns pacotes de auto-bronzeadores». Quem não ficou muito satisfeito com o corte de comunicações foi um saco de
Arroz Cigala que está emigrado na Coreia do Norte «ainda os grãos eram ensacados em serapilheira» e que costuma aceder todas as noites a um chat onde conhece «feijões malandros». O saco de arroz é na realidade o único habitante da capital que tem ADSL. Os restantes não quiseram falar com a
Abóbada, não sabiam falar português, não têm forças para articular os maxilares ou estavam mesmo mortos (mas muito bem conservados).
# escrito pelo dr. rotwang