A morte, pá, é uma gaja sobranceira. Mas na verdade (termo profilático) os seus motivos são insuflados como jogo de sedução em casa de alterne. A morte é uma sopeirinha deslumbrada por conduzir sozinha uma ceifeira debulhadora com barra de corte de 3 metros onde cabiam pelos menos seis homens e um cão. Só isso. Não tem mais do que aquela autoridade institucional de um GNR com fraca articulação mental que nos manda parar o carro: e nós obedecemos. Porque quando bate à porta do quarto (é quase sempre à porta do quarto, excluindo o Iraque e as estradas nacionais), a morte sabe que é perfeitamente provável que lhe cuspam um imenso ridículo. Diz-lhe a experiência que pode encontrar homens que já estão mortos embora vivos. Ou outros que já estão vivos embora mortos.
# escrito pelo dr. rotwang